terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Preparar, apontar... ZÉ DO CAIXÃO

Boa noite, "você"!

Estou aproveitando a calada desta madrugada (insone) para avisar que a sessão Zé do Caixão está sendo preparada para esta semana ainda. Como o blog é novo, é complicado ficar muito tempo sem postagem. Então estou avisando aqui para que as crianças sejam retiradas da sala e outras precauções sejam tomadas, por exemplo, a se crer na entrevista que o Mojica deu para a Folha, melhor não brincar de pipoca nesta sessão. Os filmes estão cheios de vermes, ratos e baratas.




Enquanto esperamos pra que eu crie coragem de assistir a isso tudo (filme de terror pra mim tem que ter sangue e vilão superforte, nunca exigi muitos animais nojentos...), separei aqui pra vocês a entevista do Mojica para a Folha em 2006, quando o último filme foi finalizado, e a página oficial do Zé do Caixão. Assim vocês podem ir curtindo aquelas unhas sensuais dele enquanto não chegamos aos fatos.





Pra quem não sabe ainda, Zé do Caixão é o personagem dos filmes do Mojica Marins, que ele mesmo interpreta, por isso que às vezes me refiro a ele como Zé, às vezes como Mojica. Também é bacana lembrar que o Zé é um dos fenômenos do cinema brasileiro que fazem sucesso nas gringas. Lá fora ele é conhecido como Coffin Joe, e vende caixas e mais caixas e edições especiais dos filmes, que ficam engraçados quando traduzidos. "This night I'll posses you corpse". Lol.

Também é possível ver o Mojica, devidamente trajado, em seu talk show no Canal Brasil, O Estranho Mundo de Zé do Caixão (sextas à meia-noite). Eu vi uma entrevista dele com a Elke Maravilha lá. A maior viagem! Vocês deviam ver.

Um comentário:

  1. O José Mojica Marins é um personagem tão fascinante quanto o próprio Zé do Caixão.

    Circense, viciado nas bizarras HQ de terror dos anos 50, fascinado pelo cinema, resolveu fazer um filme amadoresco, com atores primaríssimos, vendendo um caminhão para bancar as despesas.

    Como vilão, o Zé do Caixão, visivelmente inspirado numa das figuras da umbanda.

    O papel deveria ser interpretado por um ator de verdade, que desistiu na véspera. Restou ao Mojica a única opção de ir pras cabeças, encarando ele próprio mais este desafio.

    De quebra, sequências chocantes com moças contracenando com aranhas, cobras, escorpiões...

    "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" estreou no cine Art-Palácio, então uma sala importante da av. São João. E foi um dos êxitos mais surpreendentes da época. Filas e mais filas para ver a fita artesanal, primitiva, improvisada, pela qual ninguém no meio dava um centavo.

    Sucesso graças ao povão, aos migrantes nordestinos que encontraram, como nos filmes do Mazaroppi, uma fiel expressão do seu universo e do seu imaginário, tão ausentes das produções brasileiras naquele tempo.

    Foi o pontapé inicial numa das carreiras mais originais do cinema brasileiro.

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