sábado, 9 de janeiro de 2010

Amor, estranho amor

Eu sei que vocês estavam esperando comentários sobre os filmes do Zé do Caixão, mas estou demorando pra aprender a lidar com a tecnologia. Não posso explicar melhor porque morro de medo da Polícia Federal... entendem?

Pois então, enquanto espero, assisti uma coisa ainda mais assustadora, o filme da Xuxa pelada.
Olha, eu sabia, todo mundo sabe, que a Xuxa tinha feito essa porno-sem-chanchada. Mas o que eu não sabia é que era um filme pedofílico (existe essa palavra?). Dada a linha de trabalho da Xuxa, i.e. Rainha dos Baixinhos, eu realmente não esperava ver ela abusando do menininho da história. Choquei.






A história de Amor, estranho amor, pra quem ainda não conhece, é a seguinte. Estamos em 1937, o ano que o Getúlio fez que ia ter eleições e depois deu o golpe do Estado Novo, num bordel de luxo em S. Paulo, frequentado pelos poderosíssimos do país. A Vera Fischer é a amante privativa do candidato de S. Paulo, que decide dar uma festa pra agradar o candidato de Minas Gerais. E a Xuxa é o presente que eles resolvem dar para o candidato mineiro. (Detalhe importante: ela é uma... moça... experiente, mas tem o hímen complacente, e eles querem enganar o mineiro que ela é virgem e inocente. Hilário.) Eles vestem ela numa fantasia de ursinho de pelúcia, e ela fica dançando dentro daquela roupa absurda e fazendo strip-tease da fantasia de ursinho.

Perturbador.

Acontece que, na manhã do dia da festa, o filhinho de 12 anos da Vera Fischer chega de surpresa, mandado pela avó, que quer fazer chantagem pra Vera Fischer pra ela mandar mais dinheiro pra casa. Ela tem que esconder o menino no sótão até ela poder levar ele de volta pra casa da avó em Santa Catarina, depois da festa, e lá, no sótão, enquanto a Vera Fischer distrai os políticos no saguão, o menino fica à mercê de todas as... moças... do bordel. Principalmente de quem? Exatamente: a Rainha dos Baixinhos.

Mas isso não é nada perto do fim do filme, quando o Walter Hugo Khouri resolve fazer uma pietá desajeitada com a Vera Fischer e o menino. Desajeitada quis dizer sexual. Gente, desculpa minha caretice, mas eles são mãe e filho! Só eu choquei?

O filme tem muito peito, muito pelo, misturado com muita política (jeitinho brasileiro de fazer crítica política, jóia). A Xuxa é um zero à esquerda como atriz, ela faz uma cara de malvada péssima pra olhar a Vera Fischer ou o menino, e nem na hora do vamos ver ela não convence. Mas o mais estranho de tudo é que, no fim das contas, o filme não é de todo ruim. Recomendo para um desses domingos em que não tem nada na tevê.

Amor, estranho amor (1982)
Drama, 120 min.
Direção: Walter Hugo Khouri
Roteiro: Walter Hugo Khouri
Atores: Vera Fischer, Tarcísio Meira, Xuxa Meneghel, Íris Bruzzi, Walter Forster, Marcelo Ribeiro, Mauro Mendonça

ps: em inglês. sorry.

3 comentários:

  1. No "Eu", do Walter também, o Tarcísio Meira come a filha dele, que era a Bia Seidl. Esse pessoal Freud é assim mesmo.

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  2. a fantasia é coelhinho e não ursinho. ok!

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  3. Ih! Tenho as duas versões no meu blog. Em inglês, com nelhor qualidade, ou em português, num VHSRip. Para quem quiser conferir...

    http://rsfilmesbrasileiros.blogspot.com/2011/07/amor-estranho-amor-dvdrip-versao-em.html

    = )

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